
Musa desnivelada de sede vampiresca,
arrisca com tuas palavras despertar-me à saliência de entranhar-me por entre tua veste fresca.
Carne nua, oniricamente molhada, és e minha e tua, nessa deliciosa empreitada.
Em teus sonhos o chuveiro me molha a pele sutilmente, nos meus te tomo, como se a mim estivesse engrandecendo com o líquido que teu corpo derrama, fremente.
E exasperada fico com tuas mínimas palavras que me enervam, me violentam, me fazem ousar em pensamentos, me desesperam...
Quero, anseio, desejo ardentemente um encontro promissor, cumprindo as promessas ditas e promessas guardadas para um momento de torpor.
Entre vinhos, cigarros e boemia, lhe vejo nua, crua, minha!
E ambiciono aquela que institucionalmente a outrem possui, e o ardor da conspurcação me atenta, e meu desejo por ti...
violentamente flui.