terça-feira, 12 de janeiro de 2010


Enterrei o nosso em vermelho-fogo...


Nunca fui destas, nunca fui daquelas, nunca fui deles... mas, já estive em chamas vermelho-fogo, e me reconheci. Daí que também já não me era minha.

Conto que passaram-se anos, desde então. Conto que ali já não era a que vos fala que chamuscava, mas, não conto que de tão vermelho... o fogo me ofuscou quaisquer possibilidades de ignorá-lo. Mesmo hoje, e mesmo mesmo mesmo agora.

Engraçado é que não fora um daqueles festejos juninos esse que me tomou, dizem também que não se trata dum fogaréu de lareira, dos que aquecem. Creio piamente que, igualmente, dispense o nome de "fogão", daqueles em que se debruçam hermeticamente os famigerados alquimistas.


Ah... lembro-me dele como um desses hits fulgazes, um transe LSD, um disco arranhado que cansara de tocar, mas que ainda me queima, cansado e distante. E que me berra o hit do momento, que me torra em "it's too late apologize."

Meu fogo vermelho, meu amor vermelho-fogo é chama, é canto que me embala na cama.

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